segunda-feira, 19 de março de 2012

Uma história de amor no 8 de Março

O Dia Internacional da Mulher foi celebrado em Caxias com um tema que toca todos os corações.





No dia 8 de Março, o grupo Ueba subiu ao palco do teatro da Casa de Cultura Percy Vargas com a missão de encantar, mas também de lembrar que a questão da igualdade entre mulheres e homens perpassa por todos os aspectos da vida de um ser humano, inclusive as relações amorosas. O grupo levou para o tablado a peça “Felínicias: Histórias de Amores e Clowns”, com entrada gratuita para os sócios do Sindicato.

O Ueba Produtos Notáveis buscou inspiração na obra de Federico Fellini, cineasta italiano que ficou eternizado pela poesia de seus filmes. Suas películas, mesmo quando faziam sérias críticas à sociedade, não deixavam a magia do cinema desaparecer.

A peça traz para o palco um tema de tom emocional, uma relação de “encontros e desencontros”, como definido pelo próprio grupo Ueba, mas também deixa transparecer a condição da mulher. “A peça retrata um período específico da história, mas reflete muitos dos anseios, lutas e conquistas vividos pelas mulheres atualmente”, afirma Daniela Amoretti Finkler, diretora do Sindicato.

Daniela cita o quadro “O Casamento”, como exemplo. Neste ponto, a peça conta a história da personagem que tem seu amado recrutado para a guerra, e se vê obrigada a um casamento com outro, a quem não ama. “Hoje avançamos muito nesse ponto, uma mulher pode optar por não se casar o que na época era um absurdo, e isto é uma conquista das mulheres”, afirma a diretora.

Sobre este aspecto, Daniela também afirma que a luta contra a violência gerada pelas guerras, quando as mulheres e as crianças são as maiores atingidas, continua sendo uma bandeira do movimento feminista em todo o mundo. “Neste quadro O Casamento, destacamos o quão violento são os efeitos de uma guerra para as mulheres, onde no mundo de hoje vemos milhares delas sofrerem não apenas pela perda de seus homens -  obrigando-as a assumirem toda a subsistência de suas famílias, mas também pela dificuldade em ter o retorno de um ente querido muitas vezes mutilado física e psicologicamente”, continua.

Para a bancária Lenara Guerra, da agência Centro do Banrisul, em Caxias, a peça foi um presente. “É muito mais útil do que um abraço e um cartão, porque vai fazer parte da bagagem cultural que levaremos para toda a vida”, afirma Lenara.
A bancária também comenta que é difícil imaginar uma mulher que nunca tenha tido dificuldade em construir seus relacionamentos e por isso não se identifique com a peça.

Já para Marco Antônio, funcionário do Safra em Caxias, o diferencial foi a qualidade do espetáculo. Marco, que também atua no Miseri Coloni, comenta que até foi “meio descrente” ao teatro, mas recebeu uma grata surpresa. “Nunca tinha visto uma peça do Ueba, mas me surpreendi”, conta.

O bancário destaca o fato da peça utilizar diversos recursos multimídias e ao mesmo tempo ser muda. “A peça é um misto de cinema, cinema mudo, teatro e clown (técnicas que utilizam a comicidade de um personagem).


A montagem dirigida por Jessé Oliveira e protagonizada por Aline Zilli e Jonas Piccoli se propõe a misturar as estéticas do teatro e do cinema num só contexto.  Ao abordar um tema simples que fala sobre as impossibilidades e barreiras do amor, “Felinícias” inova com recursos multimídia na apresentação, se utilizando de práticas específicas do universo teatral e da cinematografia. Assim, enquanto a cena transcorre no palco, os atores dialogam com as diferentes linguagens através de cenas projetadas no cenário.

O Sindicato presta, desta forma, a sua homenagem à todas aquelas que lutam diarimente, buscando melhores condições de trabalho e igualdade de oportunidades, em todos os campos da sociedade.

(Fonte: Assessoria de Comunicação Bancax - Imagens Karine Endres)